segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

When did I become a Clone Club?





Stars Wars, Resident Evil, A Ilha, Aeon Flux e Star Trek. Até mesmo a novela O Clone, sucesso internacional. Existem inúmeras séries de TV, filmes, novelas e livros que abordam a clonagem. No entanto, ela não está apenas no âmbito da ficção. Em 2006, o mundo se chocou com a declaração de Severino Antinori, que afirmou ter feito 3 clones humanos que viviam no Leste Europeu. As questões éticas levantadas por esse debate acabaram por criar um interesse ainda maior no tema. Afinal, quem não gostaria de ter outros pedaços de si pelo mundo? Mas, qual é o preço a ser pago por isso? É esse o tema de Orphan Black, série da BBC que tem angariado cada vez mais fãs, clone clubs, analisada por Sam Wollaston, do The Guardian.

Quando lemos críticas de autores de canais conceituados costumamos nos deparar com dezenas de menções não explicadas – eles deduzem que nós, leitores, também conhecemos o que foi citado – além de termos muito específicos para um leitor comum. Por isso me impressionei com a forma com a qual Wollaston conduziu sua crítica. Ele não a baseou em elementos incompreensíveis que parecem ser utilizados apenas para mostrar que o crítico é superior ao seu leitor. Wollaston tem uma técnica diferente.

Ele inicia criando certo suspense em torno do roteiro da série, desenvolvendo um perfil da personagem principal, Sarah Manning, e te prendendo nesse contexto criado por ele. As perguntas feitas direcionavam o leitor para o seu argumento e o faziam crer que ele estava correto.      

Ele demonstra admiração pelo trabalho de Tatiana Maslany – que recebeu premiações no Critic’s Choice Awards e TCA por sua performance de diversas personagens – apesar de criticá-la pelo sotaque confuso. Ademais, não demonstra apenas os lados admiráveis da série: também condena o perfil de algumas personagens, que ele considera irritantes. Talvez por isso conclui dizendo que "ainda não foi pescado pela série, mas com certeza está tentado a dar uma mordida."

Apesar de ser uma crítica bem desenvolvida, na medida em que prende o leitor e não se foca apenas nos pontos positivos ou negativos da série, ele poderia usar uma argumentação mais profunda: dar mais exemplos para seus argumentos, discutir um pouco mais os aspectos técnicos e estéticos, dar mais informações da lead actress, Tatiana Maslany, e da direção, além de utilizar melhor elementos extra-fílmicos para criar uma contextualização.

Se você quer conhecer um pouco mais sobre a série, assista esses dois vídeos:





Confira a crítica aqui:

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