Stars Wars, Resident Evil, A Ilha, Aeon Flux e Star
Trek. Até mesmo a novela O Clone, sucesso internacional. Existem
inúmeras séries de TV, filmes, novelas e livros que abordam a clonagem. No
entanto, ela não está apenas no âmbito da ficção. Em 2006, o mundo se chocou
com a declaração de Severino Antinori, que afirmou ter feito 3 clones humanos
que viviam no Leste Europeu. As questões éticas levantadas por esse debate
acabaram por criar um interesse ainda maior no tema. Afinal, quem não gostaria
de ter outros pedaços de si pelo mundo? Mas, qual é o preço a ser pago por
isso? É esse o tema de Orphan Black, série da BBC que tem angariado cada vez mais fãs, clone clubs, analisada por Sam Wollaston,
do The Guardian.
Quando lemos críticas de autores
de canais conceituados costumamos nos deparar com dezenas de menções não
explicadas – eles deduzem que nós, leitores, também conhecemos o que foi citado
– além de termos muito específicos para um leitor comum. Por isso me impressionei
com a forma com a qual Wollaston conduziu sua crítica. Ele não a baseou em
elementos incompreensíveis que parecem ser utilizados apenas para mostrar que o
crítico é superior ao seu leitor. Wollaston tem uma técnica diferente.
Ele inicia criando certo suspense
em torno do roteiro da série, desenvolvendo um perfil da personagem principal,
Sarah Manning, e te prendendo nesse contexto criado por ele. As perguntas
feitas direcionavam o leitor para o seu argumento e o faziam crer que ele
estava correto.
Ele demonstra admiração pelo
trabalho de Tatiana Maslany – que recebeu premiações no Critic’s Choice Awards e TCA por sua performance de diversas
personagens – apesar de criticá-la pelo sotaque confuso. Ademais, não demonstra
apenas os lados admiráveis da série: também condena o perfil de algumas
personagens, que ele considera irritantes. Talvez por isso conclui dizendo que "ainda não foi pescado pela série, mas com certeza está tentado a dar uma
mordida."
Apesar de ser uma crítica bem
desenvolvida, na medida em que prende o leitor e não se foca apenas nos pontos
positivos ou negativos da série, ele poderia usar uma argumentação mais
profunda: dar mais exemplos para seus argumentos, discutir um pouco mais os
aspectos técnicos e estéticos, dar mais informações da lead actress, Tatiana
Maslany, e da direção, além de utilizar melhor elementos extra-fílmicos para
criar uma contextualização.
Se você quer conhecer um pouco mais sobre a série, assista esses dois vídeos:
Confira a crítica aqui:
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