Amor
(Pelo site cinemaemcena.com.br)
O crítico Pablo Villaça inicia sua avaliação cinematográfica ressaltando aspectos que caracterizam os filmes do diretor Michael Haneke como filmes de autor, levantando características próprias de Haneke como marcas de seu trabalho. Villaça chama a atenção para o aspecto chocante dos filmes de Haneke, sendo "Amor" um filme que acaba não explorando tanto essa característica quanto em outros filmes do diretor. A cena inicial do filme é também descrita logo no início da crítica, servindo para ilustrar um aspecto importante dos filmes de Haneke: o realismo.
A presença dos atores Jean-Louis Trintignant e Emmanuelle Riva é justificada por Pablo Villaça pelo fato dos dois atores serem grandes veteranos do cinema francês, além de explorarem a questão da velhice de forma singular e real. O entrosamento também é um aspecto levantado pelo crítico como uma das referências que levou Michael Haneke a escolher os atores para protagonizarem o longa, já que ambos haviam já trabalhado em outras obras como "Um Homem, Uma Mulher, e Hiroshima Meu Amor".
Para Pablo Villaça, a falta permanente de uma trilha sonora também é um ponto a ser analisado, fazendo um destaque de sua importância para gerar diferentes atmosferas em alguns momentos do filme. Para exemplificar isso, Villaça cita uma cena em que o som de gotas da torneira se torna um elemento responsável por gerar uma dada tensão em uma cena, sendo que o fechamento dessa torneira acaba marcando o despertar da personagem Anne, que sofre debilidades pelo seu derrame e que é cuidada por seu marido Georges.
A crítica é finalizada quando Pablo Villaça fala da "intenção poética" do diretor que, segundo ele, tenta apresentar a ideia de que nós devemos aproveitar nossas existências de maneira feliz, já que no final envelhecemos e padecemos da mesma forma.
Danilo Pereira da Silva
bom!
ResponderExcluirquanto em outros - quanto outros