domingo, 1 de dezembro de 2013

Análise da crítica “Goiabada de Banana” sobre o “Sítio do Picapau Amarelo”, por Luiz Caversan

Elenco da primeira versão do "Sítio do Picapau Amarelo", exibida pela TV Tupi.

Luiz Caversan – atualmente colunista da Folha de S. Paulo - escreveu em outubro de 2001, para a TV Folha, a crítica intitulada “Goiabada de Banana”, que falava sobre a nova versão do “Sítio do Picapau Amarelo” feita pela TV Globo. A intenção do autor ao escrever tal crítica era a de provocar uma reflexão sobre a relação entre as crianças e a televisão e a importância dos livros do escritor Monteiro Lobato para a infância de muitas pessoas.

            De início, pode-se perceber que Luiz utiliza da comparação para estabelecer algumas diferenças entre a primeira versão do “Sítio” exibida na TV Tupi nas décadas de 50 e 60 e a versão que estreou em 12 de outubro de 2001 – como, por exemplo, em relação ao tempo que a televisão forneceu aos capítulos de cada programa. Posteriormente, ele usa do próprio testemunho para alegar que a transmissão da primeira versão do programa influenciou (e muito) as crianças da época a conhecerem as histórias criadas por Monteiro Lobato, inserindo-as no universo da leitura; ele afirma, inclusive, que ele mesmo viveu essa influência e se encantou com a interpretação de Lúcia Lambertini – no papel da boneca Emília – e com o livro “A Reforma da Natureza” – lido por ele muitas vezes durante a infância e a vida adulta. Através da exemplificação, Luiz cita cenas do seriado antigo e passagens dos livros para mostrar como funcionava o fantástico mundo criado por Lobato e o efeito que ele gerava nos pequenos telespectadores; dentro desse processo de construção de exemplos, ele cita a primeira edição do programa como sendo “uma grata e carinhosa lembrança” que conseguia encantar as crianças que a assistiam, mesmo não possuindo tantos recursos tecnológicos quanto as edições exibidas pela TV Globo.


            Ao final da crítica, o autor usa novamente a comparação para afirmar que a volta do “Sítio”, mesmo que de uma forma mais moderna e atualizada, era algo bom em relação aos desenhos animados que faziam sucesso com o público infantil da época. Para ele, a televisão transmitir um programa que exaltasse a cultura nacional, mesmo que em capítulos curtos, era algo significativo e digno de comemoração.

Isabel de Souza Senna

Crítica disponível em: http://acervo.folha.com.br/. Buscar por: Luiz Caversan. Crítica do dia 14 de outubro de 2001.

Um comentário:

  1. muito bom! pode escrever frases mais curtas, veja:
    leitura; ele - leitura. Ele
    telespectadores; dentro - telespectadores. Neste

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