Elenco da primeira versão do "Sítio do Picapau Amarelo", exibida pela TV Tupi. |
Luiz
Caversan – atualmente colunista da Folha de S. Paulo - escreveu em outubro de
2001, para a TV Folha, a crítica intitulada “Goiabada de Banana”, que falava
sobre a nova versão do “Sítio do Picapau Amarelo” feita pela TV Globo. A
intenção do autor ao escrever tal crítica era a de provocar uma reflexão sobre
a relação entre as crianças e a televisão e a importância dos livros do
escritor Monteiro Lobato para a infância de muitas pessoas.
De início, pode-se perceber que Luiz
utiliza da comparação para estabelecer algumas diferenças entre a primeira
versão do “Sítio” exibida na TV Tupi nas décadas de 50 e 60 e a versão que estreou
em 12 de outubro de 2001 – como, por exemplo, em relação ao tempo que a
televisão forneceu aos capítulos de cada programa. Posteriormente, ele usa do
próprio testemunho para alegar que a transmissão da primeira versão do programa
influenciou (e muito) as crianças da época a conhecerem as histórias criadas
por Monteiro Lobato, inserindo-as no universo da leitura; ele afirma,
inclusive, que ele mesmo viveu essa influência e se encantou com a
interpretação de Lúcia Lambertini – no papel da boneca Emília – e com o livro
“A Reforma da Natureza” – lido por ele muitas vezes durante a infância e a vida
adulta. Através da exemplificação, Luiz cita cenas do seriado antigo e
passagens dos livros para mostrar como funcionava o fantástico mundo criado por
Lobato e o efeito que ele gerava nos pequenos telespectadores; dentro desse
processo de construção de exemplos, ele cita a primeira edição do programa como
sendo “uma grata e carinhosa lembrança” que conseguia encantar as crianças que
a assistiam, mesmo não possuindo tantos recursos tecnológicos quanto as edições
exibidas pela TV Globo.
Ao final da crítica, o autor usa
novamente a comparação para afirmar que a volta do “Sítio”, mesmo que de uma
forma mais moderna e atualizada, era algo bom em relação aos desenhos animados
que faziam sucesso com o público infantil da época. Para ele, a televisão
transmitir um programa que exaltasse a cultura nacional, mesmo que em capítulos
curtos, era algo significativo e digno de comemoração.
Isabel de Souza Senna
Crítica disponível em: http://acervo.folha.com.br/. Buscar por: Luiz Caversan. Crítica do dia 14 de outubro de 2001.
muito bom! pode escrever frases mais curtas, veja:
ResponderExcluirleitura; ele - leitura. Ele
telespectadores; dentro - telespectadores. Neste