Em sua crítica sobre o filme “Lincoln”, o crítico Pablo Villaça inicia situando-nos no enredo que a obra aborda, fazendo um breve resumo de sua avaliação. Analisando gêneros narrativos, atuações e a qualidade da direção, Villaça já expõe, no primeiro parágrafo, o maior problema do longa: tentar mostrar o Presidente Lincoln como um Mito, e não retratar seus feitos de uma forma que nos levasse a vê-lo como um grande homem.
Em uma análise do enredo, o crítico
discorre sobre como realmente ocorreram os fatos narrados, fazendo, inclusive,
comparações entre Lincoln e os atuais republicanos. Outras comparações que
utiliza são entre o filme e outros trabalhos dos participantes, como diretor e
atores principais, para enfocar os problemas que levaram à má avaliação. Villaça
exalta as qualidades do ator principal, Daniel Day-Lewis, colocando-o como merecedor
dos prêmios e de toda atenção que recebeu pelo papel. Em seguida, cita
elementos, como a má direção e fotografia “forçada”, que acabam ofuscando seu
trabalho.
Já em sua crítica ao diretor Steven
Spielberg, o crítico avalia seu trabalho como reprodutor de uma história real,
enfatizando seus erros e mostrando como foi ineficiente ao tentar criar uma
narrativa realista, sempre retratando a personagem como um Mito e não como homem.
Em determinado trecho, Villaça afirma: “...(e
observem como, por exemplo, uma conversa entre Lincoln e a esposa ocorre numa
linda contraluz, emprestando caráter de “palco para momento dramático” ao
aposento em vez de simplesmente retratá-lo como... bem, um aposento).”.
Na
conclusão, Pablo Villaça mostra, também, como acredita que o filme deveria terminar,
colocando o fim construído por Spielberg como algo de fácil entendimento, subestimando
a inteligência do espectador do início ao fim. Afirma, por fim, de forma
irônica, que não reconhece mais os trabalhos do conhecido diretor, sentindo
saudades do “admirável cineasta”.
Luiza Quinet

muito bom!
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